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Mediação Empresarial no Brasil: Pesquisa Inédita Revela Números e Tendências dos Últimos 10 Anos! O Que Isso Significa para Seus Negócios?

O mundo dos negócios é dinâmico, competitivo e, por vezes, palco de complexas disputas contratuais, societárias ou comerciais. Tradicionalmente, o caminho para resolver esses impasses era o lento e custoso processo judicial. No entanto, uma transformação silenciosa, mas poderosa, vem ganhando corpo no cenário corporativo brasileiro: a crescente adoção da mediação como ferramenta estratégica para a solução de conflitos. E agora, temos dados concretos para iluminar essa trajetória. 

Trata-se de pesquisa empírica inédita que levantou os números da mediação institucional nos últimos 10 anos, a partir dos dados de sete das principais câmaras de mediação existentes no país.

Esses números não são apenas estatísticas frias; eles contam uma história de mudança cultural, de busca por eficiência e de uma nova mentalidade empresarial que valoriza a preservação de relacionamentos e a construção de soluções mutuamente benéficas.

A divulgação desses dados é um marco, pois permite analisar com mais profundidade o panorama da Mediação Empresarial no Brasil, entender seu crescimento, identificar seus gargalos e, principalmente, mostrar às empresas que ainda hesitam os benefícios tangíveis de optar pelo diálogo facilitado. Quer se aprofundar nas estratégias de prevenção e resolução de disputas que podem proteger e impulsionar sua empresa?

Este artigo mergulha nos possíveis achados e implicações dessa pesquisa, explorando o que esses dados inéditos revelam sobre o presente e o futuro da mediação no ambiente de negócios brasileiro.

O Cenário Anterior: Por Que a Mediação Empresarial Precisava de Mais Luz (e Dados)?

Até pouco tempo atrás, falar sobre a Mediação Empresarial no Brasil era, em grande medida, discorrer sobre potencialidades, casos isolados de sucesso e a experiência de outros países. Faltavam números robustos e consolidados sobre a realidade nacional. Sabia-se que o interesse estava crescendo, impulsionado por:

  • A Lentidão e o Custo do Judiciário: Empresas não podem esperar anos por uma decisão judicial que, muitas vezes, já não reflete a dinâmica do mercado quando finalmente chega.

  • A Necessidade de Confidencialidade: Disputas empresariais frequentemente envolvem informações estratégicas, segredos comerciais e a reputação das marcas, que precisam ser protegidos da exposição pública de um processo judicial.

  • A Importância de Preservar Relações Comerciais: Romper com um fornecedor chave, um cliente importante ou um parceiro estratégico por causa de uma disputa judicial pode ser mais prejudicial do que o próprio conflito em si.

  • A Busca por Soluções Personalizadas: A mediação permite que as empresas construam acordos que se encaixem em suas realidades e interesses comerciais específicos, algo que a rigidez da lei e da sentença judicial nem sempre proporciona.

  • O Marco Legal Favorável: A Lei de Mediação (Lei nº 13.140/2015) e o Código de Processo Civil de 2015 trouxeram um grande incentivo e segurança jurídica para a utilização da mediação, inclusive para disputas envolvendo a administração pública.

No entanto, sem dados concretos sobre a mediação institucional nos últimos 10 anos, era difícil medir a real penetração e efetividade desse método no tecido empresarial brasileiro. Qual o volume de casos? Quais os setores que mais utilizam? Qual a taxa de acordo? Quais os valores envolvidos? Essas eram perguntas que careciam de respostas mais precisas.

A Pesquisa Inédita: O Que os Números das Principais Câmaras de Mediação Podem Revelar?

A iniciativa de realizar uma pesquisa empírica inédita que levantou os números da mediação institucional nos últimos 10 anos, a partir dos dados de sete das principais câmaras de mediação existentes no país, é de valor inestimável. Embora os detalhes específicos da pesquisa não estejam aqui, podemos antecipar o tipo de informação valiosa que ela pode trazer e suas implicações:

  1. Crescimento da Utilização da Mediação Empresarial:

    • Tendência: É altamente provável que os dados revelem um crescimento expressivo no número de mediações empresariais instauradas e concluídas ao longo da última década, especialmente após os marcos legais de 2015.

    • Implicação: Isso sinaliza uma maior conscientização e confiança do setor empresarial na mediação como uma alternativa viável e eficaz ao litígio.

  2. Setores da Economia Mais Ativos na Mediação:

    • Possíveis Destaques: Setores como construção civil, energia, agronegócio, tecnologia, franquias e disputas societárias em geral podem aparecer com maior frequência.

    • Implicação: Ajuda a identificar onde a mediação já está consolidada e onde ainda há grande potencial de crescimento. Também pode indicar a necessidade de mediadores com especialização nesses setores.

  3. Natureza das Disputas Mediadas:

    • Tipos de Conflitos: Quebra de contratos, disputas entre sócios, problemas com fornecedores/clientes, questões de propriedade intelectual, renegociação de dívidas.

    • Implicação: Permite um mapeamento dos “pontos quentes” dos conflitos empresariais que são mais passíveis de resolução por mediação.

  4. Taxas de Acordo:

    • Indicador Chave: A porcentagem de mediações que resultam em acordo é um dos principais indicadores de efetividade. Internacionalmente, essas taxas costumam ser altas (acima de 70-80%).

    • Implicação: Se os números brasileiros forem semelhantes, isso reforça a mensagem de que a mediação funciona e entrega resultados. Se forem mais baixos, pode indicar a necessidade de aprimorar técnicas, a capacitação de mediadores ou a conscientização das partes sobre como se preparar para uma mediação.

  5. Tempo Médio de Resolução:

    • Vantagem Competitiva: A mediação é conhecida por ser muito mais rápida que o Judiciário. Os dados podem quantificar essa diferença.

    • Implicação: Um tempo médio de poucas semanas ou meses para resolver uma disputa complexa é um argumento poderoso para convencer empresas a optarem pela mediação.

  6. Valores Envolvidos nas Disputas:

    • Abrangência: A mediação é utilizada tanto para disputas de pequeno valor quanto para casos envolvendo cifras milionárias?

    • Implicação: Mostra a versatilidade da mediação e sua capacidade de lidar com conflitos de diferentes portes econômicos.

  7. Origem da Indicação para a Mediação:

    • Cláusula Contratual? Indicação Judicial? Iniciativa das Partes? Entender como os casos chegam às câmaras é importante.

    • Implicação: Se a maioria vier de cláusulas contratuais, isso mostra a importância de incluir cláusulas Med-Arb nos contratos. Se vier de indicação judicial, mostra a colaboração do Judiciário.

  8. Custos da Mediação Institucional:

    • Comparativo: Embora não seja gratuita, a mediação institucional costuma ser mais barata do que um litígio prolongado ou uma arbitragem complexa.

    • Implicação: A análise de custo-benefício é fundamental para as empresas.

A análise criteriosa desses números da mediação institucional permitirá um diagnóstico preciso do “estado da arte” da Mediação Empresarial no Brasil.

O Que Esses Dados Significam para a Sua Empresa? Implicações Práticas.

Para os empresários, gestores e advogados corporativos, os resultados dessa pesquisa inédita trazem lições e oportunidades importantes:

  • Validação da Mediação como Ferramenta Estratégica:
    Os números tendem a confirmar que a mediação não é uma “moda passageira”, mas uma ferramenta consolidada e com resultados comprovados. Isso deve encorajar mais empresas a considerá-la seriamente.

  • Benchmarking e Melhores Práticas:
    Ao conhecer as taxas de acordo, os tempos de resolução e os setores que mais utilizam, as empresas podem comparar suas próprias práticas e buscar inspiração.

  • Argumento para a Inclusão de Cláusulas de Mediação em Contratos:
    Com dados que mostram a efetividade, fica mais fácil convencer a outra parte a incluir uma cláusula escalonada de resolução de conflitos (primeiro negociação, depois mediação, e só então arbitragem ou Judiciário) nos contratos comerciais. Esta é uma prática de prevenção de litígios altamente recomendada!

  • Necessidade de Preparo para a Mediação:
    Se a sua empresa for participar de uma mediação, é crucial se preparar adequadamente: entender seus interesses e os da outra parte, definir sua “zona de possível acordo” (ZOPA), e ir para a mesa com uma mentalidade colaborativa, mas também estratégica.

  • Escolha de Câmaras e Mediadores Qualificados:
    A pesquisa, ao focar nas principais câmaras de mediação, também indiretamente sinaliza a importância de buscar instituições com credibilidade e profissionais experientes e bem capacitados.

  • Oportunidade de Reduzir Custos e Riscos Legais:
    Em um ambiente de negócios cada vez mais competitivo, reduzir custos com litígios e minimizar riscos jurídicos é fundamental. A mediação é uma aliada poderosa nesse sentido.

  • Fortalecimento da Cultura do Diálogo e da Negociação:
    Adotar a mediação ajuda a disseminar internamente na empresa uma cultura mais voltada para o diálogo, a negociação e a busca por soluções ganha-ganha, o que pode prevenir muitos conflitos antes mesmo que eles surjam.

Desafios que os Dados Podem (e Devem) Ajudar a Superar

Mesmo com um cenário provavelmente positivo, a pesquisa também pode apontar para desafios que ainda precisam ser enfrentados para a plena consolidação da Mediação Empresarial no Brasil:

  1. Desconhecimento Persistente: Apesar do crescimento, muitas empresas, especialmente as de pequeno e médio porte, ainda podem desconhecer ou ter receio da mediação.

  2. Cultura Litigiosa Arraigada: A mentalidade de “ganhar a qualquer custo” na Justiça ainda é forte em alguns setores e entre alguns profissionais do direito.

  3. Qualidade da Mediação: Garantir que todos os procedimentos de mediação sejam conduzidos com alta qualidade e por mediadores verdadeiramente capacitados é um desafio constante.

  4. Custos para Pequenas Empresas: Embora mais barata que o litígio, os custos de uma mediação institucional podem ser uma barreira para empresas menores. É preciso pensar em modelos mais acessíveis.

  5. Resistência em Casos de Grande Desequilíbrio de Poder: Em disputas entre uma grande corporação e uma pequena empresa, por exemplo, é preciso garantir que a mediação não seja usada para impor acordos desfavoráveis à parte mais fraca.

Os números da mediação institucional levantados pela pesquisa podem fornecer subsídios valiosos para que as câmaras de mediação, as instituições de ensino, o Poder Judiciário e as próprias empresas trabalhem juntos para superar esses desafios.

A Era dos Dados Chegou para a Mediação Empresarial – E Sua Empresa Precisa Estar Atenta!

pesquisa empírica inédita que levantou os números da mediação institucional nos últimos 10 anos, a partir dos dados de sete das principais câmaras de mediação existentes no país, representa um divisor de águas. Ela tira a Mediação Empresarial no Brasil do campo das impressões e a coloca no terreno sólido dos fatos e das evidências.

Para as empresas, esses dados são um convite à reflexão e à ação: é hora de incorporar definitivamente a mediação em suas estratégias de gestão de riscos e resolução de conflitos. Os benefícios em termos de tempo, custo, preservação de relacionamentos e confidencialidade são significativos demais para serem ignorados.

O futuro dos negócios bem-sucedidos passa, cada vez mais, pela capacidade de dialogar, negociar e encontrar soluções colaborativas. A mediação é a ferramenta que pavimenta esse caminho. Fique atento à divulgação completa dos resultados dessa pesquisa e use essas informações para tomar decisões mais inteligentes e estratégicas para o seu negócio!

Sua empresa já utilizou a mediação institucional? Qual foi a sua percepção? Compartilhe sua experiência nos comentários e enriqueça essa discussão!


FAQ – Perguntas e Respostas sobre Mediação Empresarial e a Pesquisa Inédita

  1. P: O que é “mediação institucional” mencionada na pesquisa?
    R: Refere-se à mediação conduzida sob as regras e a administração de uma câmara de mediação ou arbitragem reconhecida, em oposição à mediação “ad hoc” (onde as partes escolhem o mediador e definem as regras caso a caso, sem uma instituição por trás). As câmaras oferecem mais estrutura, regulamentos e listas de mediadores qualificados.

  2. P: Os resultados de uma mediação empresarial são sigilosos?
    R: Sim, a confidencialidade é um dos pilares e grandes vantagens da mediação empresarial. O que é discutido nas sessões e os termos do acordo geralmente não se tornam públicos, a menos que as partes concordem de outra forma ou haja uma exigência legal específica.

  3. P: Se minha empresa fizer um acordo na mediação, ele tem força legal?
    R: Sim. O termo de mediação assinado pelas partes (e seus advogados, se houver) é um título executivo extrajudicial, conforme a Lei de Mediação. Isso significa que, se não for cumprido, pode ser executado na Justiça de forma mais rápida.

  4. P: A pesquisa deve mostrar se a mediação é mais usada antes ou depois de um processo judicial ser iniciado?
    R: É provável que a pesquisa traga dados sobre mediações pré-processuais (antes de qualquer ação) e mediações incidentais (que ocorrem durante um processo judicial, muitas vezes por indicação do juiz). Ambas são importantes.

  5. P: Como essa pesquisa pode impactar a escolha entre mediação e arbitragem para minha empresa?
    R: Ao fornecer dados sobre tempo, custo e taxa de sucesso da mediação, a pesquisa pode ajudar sua empresa a fazer uma análise comparativa mais informada. Muitas vezes, a mediação é tentada antes da arbitragem (cláusulas Med-Arb) justamente por ser mais rápida e barata.

  6. P: As “sete principais câmaras de mediação” são as únicas que oferecem bons serviços no Brasil?
    R: Não necessariamente. Elas são provavelmente as maiores e com maior volume de casos, o que as torna representativas para uma pesquisa desse porte. Mas existem muitas outras câmaras de mediação competentes e qualificadas em todo o país.

  7. P: O que devo fazer se a pesquisa revelar que meu setor da economia ainda usa pouco a mediação?
    R: Isso pode ser uma oportunidade! Significa que há espaço para sua empresa ser pioneira e se beneficiar das vantagens da mediação enquanto seus concorrentes ainda estão presos a métodos mais tradicionais e custosos de resolver disputas. Pode ser também um indicativo para que as associações do seu setor promovam mais a mediação.


Este artigo visa antecipar a importância e o impacto de dados concretos sobre a mediação empresarial. A informação é poder, e no mundo dos negócios, pode significar a diferença entre o sucesso e o fracasso na gestão de conflitos.

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